quinta-feira, 1 de maio de 2008

Backstreet Boys - ''Unbreakable Tour'' Passou por Lisboa



Backstreet Boys: a «revolução» pop no Pav. Atlântico

«Unbreakable Tour» passou por Portugal

1º Round.

Boxe e música deviam ter muito pouca coisa em comum, até à noite desta sexta-feira. No seu regresso a Portugal e ao Pavilhão Atlântico, os Backstreet Boys presenteram os fãs com um início de concerto no mínimo original. Vestidos de pugilistas, A.J, Nick, Howie e Brian subiram a um ringue improvisado no palco e deram início a um «combate» há muito esperado por centenas de adolescentes.
Há concertos cuja história começa a ser contada várias horas antes do momento em que os artistas sobem ao palco. Este foi, sem dúvida, um deles. Milhares de jovens, na sua maioria do sexo feminino, resistiram ao regresso do calor intenso, e formaram longas filas logo ao início da tarde, tudo em prol de um lugar frente a frente aos seus ídolos
«Larger than Life» foi o tema com que a boys band mais famosa do mundo abriu o espectáculo num Atlântico quase lotado, mas ainda assim longe da enchente de 2005.

Melancolia. O esplendor da música pop esteve ao rubro, com os grandes êxitos da banda a assumirem-se como elo de ligação íntima entre os Backstreet Boys e o público. «I Want It That Way» e «Show Me The Meaning of Being Lonely» revelaram um quarteto sem complexos de crescimento e com uma relação fantástica com o palco. O público agradeceu, numa noite em que a maioria dos fãs recuou cerca de 10 anos nas suas vidas. Foi sobretudo um momento de recordações e melancolia.

2º Round

Depois dos pugilistas, o público recebeu os Backstreet Boys, versão rock. A roupa de cabedal não enganava, embora o estilo de música deixasse um pouco a dúvida no ar. Howie assumiu o controlo e interpretou o primeiro solo da noite, com o tema «She is Like the Sun».

3º Round.

Com uma produção artística simples mas competente, sobressaiu a excelente presença em palco da banda e qualidade coreográfica do quarteto. Durante as duas horas de concerto foram várias as mudanças de cenário. Depois do ringue de boxe foi a vez de uma mesa de poker assumir preponderância em palco, à roda da qual a banda interpretou um dos seus maiores sucessos de sempre, «Show Me The Meaning of Being Lonely».
Apesar de estar criado um ambiente de inteira satisfação, parecia faltar algo. «Incomplete» trouxe o espírito romântico ao Atlântico, num dos grandes momentos da noite. A canção, que foi um dos êxitos do álbum «Never Gone», pareceu despertar variadas emoções na multidão presente.
Unbreakable Tour

Os Backstreet Boys, agora sem Kevin, que deixou a banda em 2006, não se basearam apenas no passado e apresentaram também o seu trabalho mais recente, «Unbreakable». «Inconsolable», o primeiro single do disco, foi uma das canções que mais receptividade teve por parte do público, justificando os cerca de dois milhões de unidades que o álbum já vendeu em todo o mundo. A maturidade que A.J, Howie, Brian e Nick adquiriram com a idade, é posta de lado quando os músicos pisam o palco. A banda parece regredir 15 anos e encarnar aqueles adolescentes que conquistaram uma geração e definiram a tendência musical da época. As brincadeiras e a espontaneidade em palco são prova clara disso mesmo.

Para o final ficou reservado o melhor que os Backstreet Boys fizeram nos seus 15 anos de carreira. «Quit Playing Games With My Heart», «As Long As You Love», «Ill Never Break Your Heart», «The Call» e «Everybody» acompanharam o crescimento de muitas das pessoas que se deslocaram esta sexta-feira ao Atlântico e talvez por isso foram recebidas de uma forma tão especial.

Pela terceira vez em Portugal, os Backstreet Boys parecem ser sensíveis ao carinho com que são recebidos pelos fãs portugueses, um país onde a banda já foi rainha nas tabelas de vendas. No dia em que se festejou a liberdade em Portugal, a boys band norte-americana protagonizou a sua própria «revolução» dentro do Pavilhão Atlântico.

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