terça-feira, 3 de junho de 2008

Madonna quase ''Esgotada''

Como o In-Spot avançou na 5ªemissão do seu programa de rádio, Madonna estará de volta a Portugal para um Concerto no Parque da Bela Vista em Lisboa no próximo dia 14 de Setembro.
Os ''Papelinhos Mágicos'' foram postos á venda no passado Sábado, pela módica quantia de 60€, e imagine-se só...estão quase esgotados...



Só em hora e meia do passado dia 31, voaram 20.500 bilhetes, no dia 1 até às 22 horas tinham sido vendidos 50 mil, faltando assim apenas vender 25 mil ingressos para aquele que à vista, promete ser o Concerto do Ano em Portugal.
A empresa responsável pelo Evento não abriu jogo da presença de Timbaland ou Justin Timberlake no concerto que marca a Tour do mais recente album da Diva, Hard Candy.

Ainda segundo a Everything Is New, caso os bilhetes esgotem, é bem possível que o DVD da Tour seja gravado em Portugal devido ao Concerto ser em Open Space.

Mais Noticias em www.madonna.com

Dance Club Já Nas Bancas


Diego Miranda;
Benny Bennassi
&
Martin Solveig
são alguns destaques desta edição de Junho a nº133

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Report In-Spot @ Rock In Rio 01/06

Propositadamente ou não, resta saber, este Dia Mundial de ''Todos Nós'' trouxe ao Rock In Rio segundo numeros oficiais, 8 mil Crianças, para além dos 4 Taste, Docemania e as Just Girls. Depois??? ...

Depois foi aquilo que era inevitável acontecer...
Choradeira e histeria são as palavras para descrever a recepção na estreia dos ídolos alemães em território nacional.



Depois de um concerto adiado devido a problemas na voz de Bill Kaulitz, os alemães Tokio Hotel estrearam-se hoje em solo nacional para gáudio de milhares de fãs. Maioritariamente do sexo feminino, os seguidores da banda concentraram-se frente ao palco e deram largas à emoção, chorando, gritando e pulando ao som de temas que sabem de cor.

«Break Away», «Final Day», retirados de Scream , deram início ao concerto e a histeria já era muita. Os problemas de voz de Kaulitz estão perfeitamente ultrapassados e o cantor passeia a sua androginia e juba (que concorre com o penteado de Amy Winehouse para o prémio de mais excêntrico) pelo palco, puxando pelas fãs.



«Live Every Second» é um dos temas mais celebrados do alinhamento, com a audiência a cantar o refrão em coro afinado entre o compasso de bateria. As letras inconsequentes mas carregadas de emoção contrastam com o som másculo dos instrumentos. «Ready, Set, Go!» é a canção que se segue e a euforia é grande, começando logo aos primeiros acordes.


Depois da balada «Black», faixa bónus de Scream , a acalmia momentânea desaparece e nova gritaria para receber o tema que dá nome ao álbum. Bill agradece em inglês macarrónico. Segue-se «Raise Your Hands» em registo acelerado. Para o final, os Tokio Hotel deixaram o maior sucesso da sua carreira: «Monsoon» foi cantado a plenos pulmões, com o cantor a responder à histeria com o seu melhor (leia-se possível) ar de matador.



Bill anunciara que «Monsoon» seria a última canção do alinhamento, mas após ligeiros momentos de suspense, a banda regressa ao palco para um curto encore. Depois de «Geh», uma balada em registo espasmódico, o grupo alemão despede-se definitivamente com «By Your Side». No final, o cantor agradece e acrescenta «vemo-nos da próxima vez», ou seja, daqui a precisamente 28 dias, quando os Tokio Hotel voltarem para um concerto em nome próprio no Pavilhão Atlântico.

Após a loucura instalada no recinto com o concerto dos Tokio Hotel, Joss Stone ofereceu ao Parque da Belavista um bem-vindo contraponto às canções juvenis dos alemães.



A inglesa entrou em palco de forma discreta, quase tímida, mas acabaria por conquistar a plateia com a sua postura fresca - literalmente: «I'm fucking freezing», diria, queixando-se do frio - e muito natural.
Com um vestido vaporoso vermelho e descalça, a cantora apresentou-se na Cidade do Rock acompanhada por uma banda com teclas e sopros (curiosamente, um ponto em comum a várias actuações) e duas cantoras de apoio, que a ajudaram a revestir canções como «Super Duper Love» e «Tell Me 'Bout It» de arranjos acetinados.



Se alguma coisa houver a apontar ao concerto de Joss Stone, é uma certa uniformidade nesses mesmos arranjos e no próprio material apresentado. No entanto, a simpatia de Joss Stone, que acabaria o espectáculo a oferecer flores ao público e aos seguranças, e até deu o colar que trazia ao pescoço a uma fã foi mais do que suficiente para seduzir a plateia, hoje menos numerosa do que nos dois primeiros dias de festival.



A voz quente da Jocelyn, que a tornou uma estrela ao primeiro álbum, tem também, como é evidente, muita responsabilidade no sucesso do concerto. Para o final, Joss guardou «Right To Be Wrong», mostrando-se verdadeiramente surpreendida e divertida com a participação do público no refrão, e uma passagem por «No Woman No Cry», de Bob Marley. Despediu-se com votos de «peace and love» depois de, com canções nem sempre espectaculares, ter dado um bom concerto. Uma espécie de anti-Winehouse, portanto. Seguiu-se Rod Stewart......

O Cantor britânico dá verdadeiro sentido à máxima "velhos são os trapos". Em pouco mais de uma hora faz apanhado dos grandes êxitos de 40 anos de carreira.



Embora os dados oficiais confirmem («apenas») 45 mil pessoas no Parque da Bela Vista (8 mil das quais são crianças), a verdade é que Rod Stewart foi recebido por uma plateia muito bem composta. O ídolo de gerações apresentou-se em registo best of e mostrou estar em grande forma (vocal e física).
O início fez-se logo ao som de «It’s a Heartache», um dos temas mais reconhecidos, seguindo depois para «This Old Heart» e «Forever Young». De casaco prateado e bem rodeado por três coristas/bailarinas, uma violinista e uma saxofonista, Rod Stewart segue animado para «Some Guys Have All the Luck».

Casaco despido e «Rhythm of the Heart» aquece o ambiente, terminando numa apoteótica prestação vocal (individual) dos três elementos do coro. O público rejubila. A voz rouca prossegue depois para repertório alheio, oferecendo de uma assentada «Downtown Train» de Tom Waits (plateia totalmente rendida) e «The First Cut Is The Deepest» de Cat Stevens. «Downtown Train» teve direito a coro do público, que não se faz rogado a responder às instruções do maestro, e a solo de bateria (desculpa perfeita para Stewart ir trocar de indumentária).



Eterno romântico, Stewart decide abrandar o ritmo e cantar em registo quase sussurrado «You’re in My Heart». «Having a Party» agita novamente os ânimos e a festa faz-se em cima e fora de palco. Chega então o tempo de entregar o protagonismo ao coro para ir novamente mudar de roupa. «Proud Mary», dos Creedence Clearwater Revival, em versão três vozes (poderosas) é o tema escolhido.
A um tema também popularizado por Tina Turner, «miss hot legs», só podia mesmo seguir-se… «Hot Legs». E é então que se percebe uma das exigências do cantor: 24 bolas de futebol chutadas para a plateia, em todas as direcções, recordando o seu passado de futebolista profissional.



A sequência mais certeira do alinhamento começa com «Baby Jane», com todos a dançar. De seguida é tempo de se acenderem isqueiros (sim, vêem-se mais isqueiros que telemóves) ao som de «Have I Told You Lately». «Have You Ever Seen the Rain» é depois alvo de coro afinado e sentido.
Para o final, Stewart reservou «Young Turks», «Maggie» e o incontornável «Da Ya Think I’m Sexy?». A resposta não se fez esperar. Mas o concerto não poderia terminar em beleza se não se ouvisse «Sailing», o hino supremo de Stewart.



Percorreu a sua carreira de décadas e deixou satisfeitos todos os que se deslocaram ao Parque da Bela Vista propositadamente para o ver. Em grande forma e muito bem acompanhado (e não falamos apenas do coro), Stewart provou ser capaz de continuar a mover multidões.

Report In-Spot @ Rock In Rio 31/05

A noite prometia boa música, apontado por muitos á partida como o melhor dia do Rock in Rio, quem dos 100 mil que por lá passram não vieram com as suas esperanças defraudadas. O Cartaz prometia e os artistas cumpriram.
A abrir com uma Comunidade Brasileira enorme presente, os Skank conseguiram numa hora compilar 15 anos de carreira.



Ao mais alto nível, os Brasileiros no tema Partida de Futebol até gritaram bem alto que ''Portugal irá ganhar a Eurocopa'', deixando o público em extase.
O ponto alto deste fim de tarde, inicio de noite foi Garota Nacional, ecoando aos 4 cantos da Cidade do Rock.

Seguiu-se a canadiana Alanis Morissette que assinou um concerto competente, alternando entre êxitos de carreira (especial enfoque para o primeiro álbum Jagged Little Pill ) e alguns temas do novo álbum Flavors of Entanglement.
O recinto muito bem composto recebeu de braços abertos logo no início «Uninvited» (tema incluído na banda sonora do filme Cidade dos Anjos ). O piano sublime abriu em apoteose um concerto equilibrado.



O nova tonalidade alourada do cabelo e (dizem as más línguas) alguns quilos a mais não afectaram a atitude de menina rebelde. Alanis percorreu o palco de lés a lés, dançando, pulando e agitando o cabelo como se não houvesse amanhã. «All I Really Want» é a primeira incursão por Jagged Little Pill e aumenta consideravelmente o volume, numa descarga de energia progressiva com pinceladas de harmónica.

Regressa novamente ao registo de estreia para de forma intimista (com guitarra acústica) apresentar «Perfect» e arrancar a primeira grande ovação com «You Learn», um dos bem-sucedidos singles de Jagged Little Pill . Os habituais rendilhados vocais não se ouvem na nova «Citizen of the Planet», uma canção musculada com registo vocal mais adulto e guitarras fortes.



Num novo regresso ao passado, Morissette oferece uma versão mais lenta de «Hand in My Pocket», mais a sua harmónica roufenha. De seguida mais dois temas novos: «Underneath», o single de apresentação de Flavors of Entanglement , em ritmo calmo, e «Moratorium», em cujo final rodopia descontrolada.

A sequência final não poderia ser mais do agrado do público: de rajada, Morissette canta «You Oughta Know» (single que a apresentou ao mundo), com a audiência em apoteose, «Ironic», alvo de coro afinado, e «Thank You», mostrando a sua faceta mais mística e agradecendo ao público ao mesmo tempo.

O alinhamento fortemente baseado nas canções mais conhecidas e a força das novas canções foram argumentos mais que suficientes para apagar da memória um concerto morno no festival Sudoeste em 2002. O eclectismo da canadiana agradou visivelmente ao público, que se deixou guiar entre os refrões mais orelhudos e as guitarras fortes. Alanis Morissette parece estar a chegar à idade maior e fica-lhe bem.

Depois de Alanis, o Romantismo subiu ao Palco com o Latino Alejandro Sanz, agora de guitarra acústica em riste. Um dos mais bem sucedidos cantores hispânicos da actualidade. O madrileno tem baseado o seu espectáculo em baladas quase «smooth jazz» e temas mais ritmados que, quer pelo protagonismo das cantoras de apoio quer pelo registo da banda, se aproximam de alguma música caribenha.



Em palco, há piano, percussão e sopros, e houve também Ivete Sangalo, uma surpresa recebida com emoção pelos espectadores. Depois da actuação no dia de abertura do Rock In Rio Lisboa, a brasileira regressou à Cidade do Rock para acompanhar Alejandro Sanz no seu maior êxito, «Corazón Partido». A parceria não se ficou pela cantoria: Ivete, uns bons palmos maior que Sanz, também trocou com o espanhol uns passos de dança que entusiasmaram os fãs de ambos.

Foi sem dúvida o momento alto do espectáculo, que desde então tem vindo a perder algum gás. Nem a voz rouca de Sanz, por vezes aparentada da de Joe Cocker, nem o virtuosismo dos seus músicos impede que entre a plateia se ouçam comentários como: «Devia ter sido ele primeiro e a Alanis depois». Sanz é simpático e tem assinado uma prestação profissional, mas não é, em Portugal, uma estrela da grandeza que tem em Espanha.

Quem esperou e desesperou por os Bon Jovi, não perdeu por tal, que o digam os milhares de Fâs presentes no recinto.



No enfase geral, foi até agora, o mais impressionante dos concertos da edição deste ano do Rock In Rio Lisboa. 13 anos depois da última passagem por Portugal, na altura para um espectáculo no Estádio de Alvalade, os Bon Jovi tomaram de assalto o Palco Mundo e deram um concerto fabuloso – a abarrotar de êxitos, mas também de confiança e de um entusiasmo que, de tão palpável e genuíno, se tornou contagiante.

À espera de Jon Bon Jovi, Richie Sambora, Tico Torres, David Bryan e Hugh McDonald, o baixista que em 1994 substituiu oficiosamente o membro fundador Alec John Such, estava um Parque da Belavista a rebentar pelas costuras. Tal como na véspera, terão estado na Cidade do Rock mais de 90 mil pessoas – mas ao contrário do que aconteceu no primeiro dia, não houve lugar para actuações periclitantes ou prestações «apenas» competentes.



Um concerto dos Bon Jovi faz-se, em 2008, de grandes sucessos como «You Give Love A Bad Name», «Livin’ On A Prayer» e «Always», bem como de amostras de um presente digno via «Lost Highway» ou «Whole Lot of Leavin’», temas mais recentes onde a banda de New Jersey arrasta a asa à folk.

Mas o que distingue os Bon Jovi de qualquer outra banda com um bom repertório para concertos de estádio é a entrega colocada em cada minuto do espectáculo. Jon Bon Jovi, cuja voz já não apresenta a elasticidade de outros tempos, sem no entanto comprometer, é um mouro de trabalho. Entretém uma multidão sem fim à vista – perdemos as contas às vezes que colocou a mão sobre os olhos, como quem tenta perceber onde acaba aquele mar de gente – e consegue fazer com que cada admirador sinta que é para ele que as palavras, os gestos, os esgares felinos são endereçados. É um entertainer notável, e a forma como agarrou o público desde o primeiro segundo – apesar de o arranque se ter feito com uma das suas músicas mais «jovens» - irá ficar para a história do Rock In Rio Lisboa.

Tal como outro «cliente» do Rock In Rio, Sting, Jon Bon Jovi envelheceu graciosamente, e os coletes justos, no final trocados por uma camisola da selecção nacional, continuam a mexer com as muitas senhoras presentes na plateia. Mas é injusto reduzir a prestação dos Bon Jovi ao seu líder carismático; ao guitarrista Richie Sambora, por exemplo, coube até cantar «I’ll Be There For You», balada do álbum New Jersey , de 1988.



Mais surpresas no alinhamento: «Born To Be My Baby», também de New Jersey , foi logo a segunda música da noite, pondo a Belavista a entoar o «na-na na-na!» que se segue ao refrão; «Runaway», o primeiro single de sempre dos Bon Jovi, com data de 1983, irrompeu pela noite com os seus teclados nervosentos, e «Bad Medicine», novamente de New Jersey , emparelhou lindamente com a mais recente «Have a Nice Day», que a antecedeu.

Tantos regressos ao passado não tiraram coerência ao espectáculo, permitindo até compreender como, na sua essência, a música dos Bon Jovi pouco mudou ao longo de quase 30 anos. Continuam a ser canções optimistas, a encher o peito de ar até ao refrão, que fazem mexer esta gente e os seus fãs. Foi assim em «You Give Love A Bad Name» - refrão exclamado «a capella» por quase 100 mil pessoas, impossível não arrepiar - , em «In These Arms», hit semi-esquecido de Keep The Faith , ou até em «Have A Nice Day», como que a provar que, neste «comboio», há fãs a entrar em todos os apeadeiros e muitos dos admiradores mais jovens só conhecem a banda há meia dúzia de anos.



Como se tudo isto não fosse suficiente, o concerto reservou ainda algumas surpresas ao público português – desde a passagem por «Mercy», de Duffy, e «Start Me Up» dos Rolling Stones a meio de uma versão bluesy de «Sleep When I’m Dead», à camisola da selecção portuguesa que Jon Bon Jovi envergaria no final do concerto, a noite de Sábado foi rica em momentos para mais tarde recordar. Nenhum deles terá tido, porém, mais força que «Livin’ On A Prayer», ainda e sempre o hino de uns Bon Jovi «amigos do povo» e crentes num amanhã melhor. As primeiras frases da canção desenharam-se na penumbra, o resto da canção foi uma explosão – de emoções na plateia, de fogo de artifício no céu.

Os Bon Jovi podem fazer baladas como já não se usa e não ser propriamente bem vistos no circuito das bandas «cool», mas enquanto tiverem o público – merecidamente – a seus pés como ontem à noite, o gesto com que Jon Bon Jovi se despediu de Lisboa – de mão no peito – nunca parecerá descabido.

Report In-Spot @ Rock In Rio dia 30/5



Lisboa é desde Sexta Feira passada a anfitriã da 3ª edição do Rock in Rio em solo nacional e a In-Spot conta-lhe e mostra-lhe tudo o que se passou em cada dia. Os bilhetes esgotaram para o primeiro dia e estiveram no recinto do Parque da Bela Vista90 mil pessoas ( Crise em Portugal ??? Alguem deu por ela ??? ). Acompanhe assim o melhores momentos vividos no Rock In Rio por um correspondente In-Spot na Cidade do Rock em Lisboa.

Pelo palco principal do evento passaram esta noite Lenny Kravitz e a muito aguardada Amy Winehouse (que se estreou em palcos nacionais, diga-se de passagem da melhor maneira possivel, tal qual a conhecemos...). A noite começou com as actuações do português Paulo Gonzo e a brasileira Ivete Sangalo.


Depois de um início cantado em inglês, Paulo Gonzo desejou os ''bons dias'' a uma já larga concentração de pessoas diante do palco metalizado de dimensões gigantescas. «Sinto-me privilegiado por abrir a sexta edição do Rock in Rio», confessou o cantor antes de atacar em força o seu pop/rock com laivos blues. Puxa da harmónica em palco e segue com «Diz-me Tu», e exige coro familiar em «Sei-te de Cor». Neste preciso momento ouve-se o seu maior sucesso, «Jardins Proibidos», em dueto com o público.


Uma hora depois Ivete Sangalo apresenta-se em boa forma, com um fato-macaco justo, irradiando sensualidade e energia. Um verdadeiro oceano de gente dança e salta ao som de «Sorte Grande (Poeira)», o êxito supremo da brasileira. Enquanto recupera o fôlego entre canções, Sangalo agradece a Portugal e confessa as suas saudades (do país e dos pastéis de Belém). «A minha vida com Portugal já é casamento e ninguém separa», diz, antes de ser inundada de aplausos.


Com mais de meia hora de atraso, Amy Winehouse entra em palco e articula, com dificuldade, e nao dá dá qualquer brilho vocal às óptimas canções de Back To Black . A banda que a acompanha, com destaque para os sopros e para os dançarinos/cantores de apoio, ajudam a compôr um ramalhete periclitante ao qual, no entanto, o público reage de forma entusiasta e encorajadora. Amy, uma figura mínima perdida em palco, muito longe do que já a vimos fazer, não tomba mas pouco falta.


Depois do cai não cai de Amy Winehouse, à beira do colapso durante boa parte da actuação, Lenny Kravitz salvou a honra do Rock In Rio Lisboa, ontem à noite, com um concerto muito competente.

O rocker americano, que antes deste concerto se apresentara por duas vezes em Portugal, chegou a Lisboa acompanhado de uma banda calejadíssima, com percussão, teclas e sopros ao rubro, e fez esquecer a insegurança da artista que o antecedeu com a sua presença sólida e máscula.

Num espectáculo versátil e equilibrado, houve baladas para derrotar eventuais resistências à causa, riffs capazes de conduzir o mais pacato dos espectadores ao mais endiabrado «air guitar» e solos para todos os gostos (destaque para o que nasceu do «prolongamento» de «Tunnel Vision» e se esfumaria apenas largos minutos depois).


Todo vestido de preto e com uma corrente dourada ao pescoço, Lenny Kravitz teve uma presença forte e empática em palco, mesmo sem necessidade de recorrer à habitual avalanche de elogios ao público nacional ou a grandes experiências com a língua de Camões. O trunfo do seu concerto esteve nas canções facilmente reconhecíveis e na forma séria e concentrada como todo o espectáculo foi conduzido.

Pouco antes do encore, havia já quem procurasse as saídas do recinto, como aqueles espectadores de futebol que abandonam o estádio quando sentem que o jogo está ganho. A avaliar pelas dificuldades registadas com os transportes no final da noite, terão feito bem. Mas os que aguardaram até ao término do concerto terão dado o seu tempo por bem empregue, pois o encore trouxe «Are You Gonna Go My Way», um dos temas mais aguardados do alinhamento.

Mais tântrico do que celibatário, portanto, o ex-namorado de Vanessa Paradis ofereceu ao público aquilo que o público esperava e desejava – canções de sucesso, rock de estádio, funk baladeiro e comunhão quanto baste, alternadamente com e sem óculos de sol. Dizem os totalistas dos concertos em Portugal que este foi aquele em que Lenny mais brilhou.